E aguarda a criação do Parque Estadual para proteger a fauna e a flora do lugar

A criação do Parque Estadual da Serra de Santa Catarina segue sem assinatura de homologação e biodiversidade continua correndo riscos. A Serra de Santa Catarina, localizada entre os municípios de São José da Lagoa Tapada, Nazarezinho, Carrapateira e Aguiar, no alto sertão paraibano, é um dos grandes redutos da biodiversidade da região sertaneja e um símbolo da resistência ecológica do sertão paraibano.

Com uma beleza que abriga 32 fontes de água, cachoeiras e uma fauna de importância científica, como o urubu rei e a onça parda, a região é um tesouro natural que clama por proteção. . Embora ocorra em grande parte do Brasil e outras áreas da América do Sul, a população do urubu rei tem diminuído devido à perda de habitat e outros fatores. O mesmo ocorre com a onça parda. Já se passaram quase três anos desde que os projetos de criação e conservação da unidade de proteção foram apresentados ao Governo do Estado e à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, mas até hoje os moradores esperam.

Enquanto isso, a ausência de medidas concretas coloca em risco não apenas espécies ameaçadas, mas também a segurança hídrica de dezenas de comunidades do sertão que dependem das nascentes da serra. Cientistas, ambientalistas e lideranças locais alertam para o avanço de atividades predatórias, como queimadas, caça ilegal e desmatamento, que podem  transformar esse santuário em mais um retrato do descaso ambiental. Os moradores estão revoltados com a demora nas ações de proteção ao parque.

A formalização do parque permitirá a destinação de recursos, a implantação de infraestrutura de proteção, a fiscalização efetiva e também ações de educação ambiental.