Será no Museu do Artesanato Paraibano, às 16h

Dois ícones das artes plásticas da Paraíba, Dadá Venceslau e Geo se uniram mais uma vez e estão juntos na exposição  “Que papelão! – A arte em papel de Dadá e Geo”, com abertura nesta quarta-feira,13,  às 16h, no Museu do Artesanato Paraibano, na Praça da Independência, no centro de João Pessoa. “É um momento muito especial, onde o PAP faz justiça a dois grandes artistas, artesãos que estão conosco. Geo e Dadá, além de serem colaboradores do Programa, são artistas que são amigos e parceiros há muitos anos. É uma satisfação muito grande para o PAP e para o Museu expor e fazer com que outras pessoas conheçam a riqueza da produção artesanal desses ícones da cultura popular paraibana”, pontuou a gestora do PAP, Marielza Rodriguez.

Segundo o diretor do Museu do Artesanato, Fábio Morais, os artistas vão trazer um rico acervo de produtos criados com a técnica da papietagem e com um colorido extremamente lindo que retrata a visão de cada um. “Para o Museu, é uma alegria abrir essa exposição com Dadá e Geo e poder mostrar cultura popular, afeto, artesanato, além de tornar o espaço o que ele realmente é, que é um centro cultural com acervo fixo do artesanato paraibano no casarão principal e que mostra mais artesanato ainda no anexo na Sala Mestra Zefinha.”

Dadá Venceslau ressaltou que “a grande inspiração é o papelão, que é responsável pelas bases, pelos formatos, por tudo. Inclusive o papelão é um dos materiais de reaproveitamento que mais tem no planeta. O papelão é até fonte de renda também, já que muita gente vende o papelão e nós o transformamos em arte”, observou. “ Eu e Geo trabalhamos juntos, no mesmo atelier, dentro do Museu do Artesanato paraibano. Geo traz a linguagem da cultura popular fazendo máscaras, bois, bolsas, muita coisa com fitas, muita coisa para ilustrar. Já eu trabalho com o universo do circo, levando os palhaços, trapezistas, malabaristas. Apresento também muita coisa do cotidiano, residências populares, favelas, comunidades, tudo com papel, papelão, usando caixas de remédios. A exposição é muito colorida, muito alegre. As pessoas vão ficar muito felizes lá dentro, por verem esse lixo sendo transformado em arte. É o luxo do lixo”, afirmou.

O artista Geo Oliveira é natural de São Mamede, mas mora em João Pessoa e trabalha desde muito cedo com arte, devido uma tradição da família. “Minha influência vem da minha mãe, das minhas tias, minha avó e meu avô, os quais faziam artesanato. Há praticamente três meses, eu e Dadá estamos trabalhando em peças para esta exposição. Venho produzindo uma série de personagens com papel machê. Trabalho com maracatu, pastoril, bumba meu boi, lapinha, meu universo de trabalho é este. Além disso, meu objeto de pesquisa são as moças do caritó, que não casam. Então eu faço máscaras, personagens e ponho os nomes de mulheres da minha região que trazem memórias afetivas do meu Sertão”, contou.


A exposição segue até 16 de março de 2024, de terça a domingo, das 9h às 17h, na sala de exposições Mestra Zefinha de Pitimbu, que fica dentro do Museu. 
Serviço

Exposição “Que papelão!”
Visitação: 13/12/23 a 16/03/24
Horário: 9h às 17h (terça a domingo)