Crescimento do turismo é um dos fatores da redução de imóveis

Portugal enfrenta problemas de habitação há alguns anos e se agrava Analistas afirmam que a crise de moradias e os altos preços impossíveis para os trabalhadores é o resultado de uma oferta limitada de novas construções com a crescente procura externa, com políticas de incentivo a investimentos estrangeiros,  aliado a fatores socioeconómicos internos. O crescimento do turismo e a conversão de habitações em alojamento local reduziram a oferta de imóveis residenciais, aumentando os preços.

Trabalhadores portugueses não estão conseguindo pagar o aluguel, que mesmo de apartamentos e casas pequenas de apenas um quarto, custam mais do que o salário mínimo que é de menos de 900 euros. O governo criou o programa “Mais Habitação”, com incentivos à construção, oferta de habitação acessível através de subsídios e isenções fiscais, regulação do arrendamento, entre outras medidas, como linhas de crédito.

A Comissão Europeia divulgou relatório que afirma que Portugal não está  conseguindo resolver a crise no setor da habitação. Bruxelas recomenda medidas concretas, como o controle de rendas e limites no alojamento local.

A Comissão sugeriu uma nova estratégia ao Governo para dar resposta à falta de casas a preços acessíveis no mercado imobiliário. Na última década, Portugal viu os preços da habitação aumentarem de forma acentuada, tanto no que diz respeito à venda como no arrendamento”, refere o relatório. O documento salienta ainda que a habitação continua “amplamente inacessível” aos jovens, grupos vulneráveis e às pessoas com baixos e médios rendimentos.

A Comissão Europeia conclui que as medidas dos últimos governos, de Luís Montenegro e António Costa, não conseguiram responder à crise a longo prazo e propuseram soluções paliativas para um problema estrutural.

Fonte: https://expogroupworld.com/o-problema-da-habitacao-em-portugal/