” João Pessoa foi escolhida pelo seu potencial turístico” Confira bate papo com a  consultora de expansão da  Decanter 

A Decanter, uma das maiores importadoras de vinhos do Brasil, abriu uma loja em João Pessoa, oferecendo rótulos nacionais e importados selecionados por grandes especialistas no setor. Localizada na rua Marcionila da Conceição, 1365, no Cabo Branco @decanterjp tem como proposta ir além de vender vinhos. Para quem já se perguntou sobre a arte por trás de uma boa garrafa de vinho, Cleo Lima, a consultora  de expansão da Decanter, tem as respostas. Ela coordena a expansão da marca pelo Brasil. 

Como é o trabalho de implantação das lojas Decanter por todo o Brasil?

Realizo a implantação das lojas focando na identidade e imagem da marca. Essa imersão é crucial para que o parceiro absorva e viva essa identidade, tornando-se parte integrante da unidade. É um trabalho minucioso e crucial para o sucesso do projeto de expansão. 

Com a chegada da Decanter a João Pessoa, qual é a expectativa para o mercado local?

João Pessoa foi escolhida estrategicamente devido ao seu potencial turístico, à receptividade, à gastronomia e à cultura enogastronômica já presente na cidade. A expectativa é estabelecer uma parceria sólida com um mercado que valoriza a qualidade e a experiência, contribuindo para o fortalecimento local. 

Qual a diferença da Decanter das outras importadoras de vinhos?

A Decanter, liderada pela família Herman, destaca-se por sua curadoria minuciosa. Seu presidente, Adolar Hermann, é respeitado no mercado e a Decanter está entre as cinco principais importadoras do Brasil. Ela detém marcas importantes como Ferrari, Luigi Bosca, Terranoble, Rocca Delle Macie entre outras e também sua marca própria, a Vínicola Hermann, localizada em Pinheiro Machado- RS. 

E como é a feita a curadoria dos rótulos?

É bem detalhada. Adolar Hermann é um apaixonado por vinhos que procura minuciosamente, junto com sua equipe – Tiago Locatelli, que é campeão brasileiro de sommelier, e Edson Hermann, filho dele, os produtores que correspondem com o que eles promovem como vinho, que entrega realmente o que se propõe. Ele quer que o consumidor que seja apaixonado pelos vinhos da Decanter saiba que se pegar um produto espanhol, chileno, argentino, vai sempre escolher bem. Do mais barato, ao mais caro, o vinho vai entregar o que ele realmente custar. A Decanter está há 26 anos no mercado com distribuição e foi a primeira a ter distribuidoras por todo o Brasil. 

Um diferencial é que a Decanter também produz vinhos…

Sim, é a única importadora que tem uma vinícola própria,  em Pinheiro Machado, Serra do Sudoeste, Rio Grande do Sul, fronteira do Uruguai com o Brasil. É uma região que tem um clima bem tropical, com noites brandas e a uva tem uma produção marcante. Começamos a produzir azeites que é uma assinatura da família Hermann para consagrar a gastronomia. A linha toda tem espumantes premiadíssimos. Temos tintos, brancos e rosés. E aproveitando os espaços tivemos a primeira produção de azeite.

Como você vê a expansão no Nordeste?

Muito promissora. Apostamos na região devido à sua ascensão constante e ao desejo de proporcionar acesso à cultura do vinho. Acreditamos que a parceria com os consumidores locais e a realização de eventos contribuirão significativamente para o desenvolvimento desse mercado. O Nordeste cresce a cada ano, é impressionante, em todos os segmentos. Acho que só faltava encontrar o parceiro certo para difundir e consagrar a cultura da enogastronomia na região. Estamos presente em João Pessoa, Natal, Campina Grande, e vamos abrir no Maranhão, no Piauí, em maio e posteriormente em Fortaleza. Já no Norte tem em Palmas e vamos abrir uma segunda loja em Rondônia, Roraima e em Salvador abriremos a segunda loja fevereiro. 

Qual é a expectativa da loja em João Pessoa?

Entendemos que João Pessoa é uma capital para o mundo, voltada para a receptividade do turismo. As pessoas são muito envolvidas com a cultura. Existem bons restaurantes, o que ajuda a gente a fortalecer a enogastronomia. João Pessoa aposta muito na gastronomia, e isso pra gente é importantíssimo. Fez com que acreditássemos que era um momento de dar as mãos e seguir.

O que o pessoense pode encontrar na loja?

Um espaço de experiências. No início temos entre 350 e 400 rótulos, mas vai chegar a cerca de 600 rótulos ao final do ano. Temos vinhos de países como Chile, Argentina, Uruguai, Itália, França, Espanha,  Alemanha, Portugal, Brasil e outros. E um dos compromissos com o parceiro local é levar os rótulos a todos os restaurantes . 

Há diferença do mercado consumidor do Sul e do Norte-Nordeste?

Sim, pela questão cultural, de herança. No sul, tem imigrantes italianos, franceses, alemães que traziam isso enraizado, então já fazia parte da mesa deles e não é uma cultura do Norte-Nordeste. No sul, você consome muito vinho branco e tinto e não é só porque se toma tinto no inverno, mas porque é da cultura. Já no Norte e Nordeste há alguns anos eram mais consumidos vinho tinto leves e espumantes, agora está abrindo o leque para rosés e os tintos encorpados e vinhos brancos. Acho que é uma questão de difundir a cultura e dar acesso para as pessoas experimentarem. Então teremos muitos jantares harmonizados.